02/05/2012

1 ano 1 dia

Há de haver um grau determinante pelo sentimento o qual comove o coração, senão o tempo incendiador do entrelaçar imediato?
É injusto que tentemos padronizar algo imensurável como o a cadeia de sentimentos que se estabelecem aos contatos.
São frações, cenas, escritas, brigas, tristezas, perdões, transcendências, nascimentos, sentimentos, danças, lutas, sussurros, amassos, amor, prazer, safadezas, banalidades, loucura, risadas, estrelas, estudos, ajudas, confortos, chuvas, doenças, muitos abraços, pensamentos, distância, família, filhos, cachorros, ciúmes, amigos, choros, tesão, muito sexo, miojos, lasanhas, macarrões, pizzas, ketchups, cachorros-quentes...
De fato, Kayleigh Machado.
Somos loucos. Você fica puta do transporte público, em qualquer ônibus, metrô, onde haja um aglomerado de pessoas. Nós gritamos na frente de todo mundo, nos nós pegamos na frente de todo mundo, nós fazemos amor no terraço, nas festas, nas nossas casas (sofá, quarto, banheiro, lavanderia, cozinha, sala, chão), na praia e em lugares que não podem ser descritos aqui.
Somos sensíveis. Nos nós emocionamos depois de toda transa bem feita, onde nós colocamos coração lado a lado e desabafamos da loucura de todos os dias.
Nós choramos, seja por um texto bem escrito, uma música que faça sentido, um filme que nos toque, por (muitas) conversas, por (muitos) olhares, por (muitos) toques, pela distância, pela saudade.
Somos amantes, desligamos o telefone rápido, nos vemos escondidos, ficávamos até tarde juntos e contávamos lorotas, beijávamos rápido na escola pra ninguém ver, nos pegávamos em baixo da escada.
Somos amigos, nós estudamos juntos, nós nos preocupamos, nós brigamos, nós discutimos, nós conversamos, filosofamos, fumamos, caímos, bebemos, rimos, nos abraçamos, nos confiamos, nós conhecemos novas pessoas.
Enfim, Kayleigh Machado, o que somos nós?
Somos obesos, nosso amor se engorda cada vez mais, nossos sentimentos são gordinhos, nossa relação, nem se diz, é muito obesa.
Essa obesidade que somos é grande, só no concreto tem uma pequena parcela ali em cima.
Nós estamos unidos, entrelaçados, misturados, entre o que se temos e o que sentimos, estes são inseparáveis, não é mesmo?
Nessa jornada nossa, nesse caminho, nessa nova vida, nesse mundo, que nós mesmos construímos, faz com que nós nos descobrimos um a um, a cada momento, cada segundo, cada fração de vida, qualquer gota d’água que pingue sobre nós dois, mostra o que somos, o que queremos ser e o que fomos e como mudamos.
Seus olhos me envolvem, em uma dança atraente, vulgar e quente, me faz cheio de vontade, me acolhe, me estremece, me ensina, me faz idealizar o amor que eu sempre quis ter.
Pois é, os sentimentos entrelaçados, as setinhas no caderno que apontam para todos os lados, pensamentos abarrotados de amor, as estrelas incontáveis, essa é a vida, a nossa, única e especial nossa vida, nosso amor, nossa transa, nossa história.
Faz-me feliz, faz-me seu homem, faz-me minha heroína, faz-me meu vício, minha mulher, minha segunda mãe, minha amiga, meu outro eu.
Faz, você já faz.
Faz um ano e um dia.

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